O conceito de uma “Grande Israel”, segundo o fundador do sionismo Theodore Herzl, é um Estado judeu “alongado” desde o rio do Egito (Nilo) até o Eufrates (Iraque). |
O que Israel tem a ver com a Guerra do Iraque? Porque Israel financiaria (em conjunto com os EUA e UE) um grupo radical islâmico como o ISIS?
A resposta está no Plano Yinon e no projeto de formação do "Grande Israel".
Apesar de parecer simples "teoria da conspiração", na verdade é uma tese bem fundamentada e bastante lógica.
O conceito de um “Grande Israel”, segundo o fundador do sionismo Theodore Herzl, é um Estado judeu “alongado” desde o rio do Egito (Nilo) até o Eufrates (Iraque).
É o Lebensraum israelense!
Em 04 de setembro de 2001 uma manifestação foi realizada em Jerusalém, para apoiar à ideia da implantação do Estado de Israel desde o RIO NILO (Egito) até o RIO EUFRATES (Iraque). Foi organizado pelo movimento Bhead Artzeinu (“Para a Pátria”), presidido pelo rabino e historiador Avraham Shmulevic de Hebron. De acordo com Shmulevic:
“Nós não teremos paz enquanto todo o território da Terra de Israel não voltar sob o controle judaico. Uma paz estável só virá depois, quando ISRAEL tomar a si todas as suas terras históricas, e, assim, controlar tanto desde o CANAL de SUEZ (EGITO) até o ESTREITO de ORMUZ (o IRÃ) … Devemos lembrar que os campos de petróleo iraquianos também estão localizadas na terra dos judeus”.
Israel e seus membros mais destacados, os sionistas globalistas, os grandes banqueiros, bem como os as grandes empresas petrolíferas estadunidenses, detestam uma coisa mais que tudo: instabilidade. A instabilidade da região do Oriente Médio, com seus países de credos sunitas ou xiitas sempre em conflitos internos e externos, atrapalha seus negócios. O que eles querem é estabilidade. E além da estabilidade a quebra de barreiras à seus negócios, ao seu domínio econômico. E fronteiras são barreiras. Um grande Israel, do Mediterrâneo ao Estreito de Ormuz, lhes daria acesso ao petróleo iraquiano e a um segunda via de acesso ao mar.
Eles precisam de estabilidade e quebra de barreiras à seus negócios. Mesmo que pra isso tenham que criar muita instabilidade. Como o ISIS e a Guerra na Síria.
Em uma entrevista à Amy Goodman (famosa jornalista americana, repórter investigativa e escritora) em 2 de março de 2007, o general americano Wesley Clark, explica que a administração Bush planejava tirar 7 países em 5 anos: Iraque, Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão, Irã.
O Plano Sionista para o Oriente Médio
Em 1982, Oded Yinon, um jornalista israelense com ligações no Ministério do exterior de Israel, escreveu: O Plano sionista para o Oriente Médio.
Neste plano, propõe "que todos os Estados árabes devessem ser divididos, por Israel, em pequenas unidades" e a "dissolução da Síria e do Iraque, mais tarde, em áreas exclusivistas étnicas ou religiosas como no Líbano, é alvo primário de Israel na frente oriental, a longo prazo."
O plano Yinon, portanto, é um plano estratégico de Israel - algo como uma continuação da política colonial do Reino Unido para a região - para garantir a superioridade israelense regional, no Oriente Médio. Seu objetivo é uma reconfiguração do ambiente geopolítico do Oriente Médio através da balcanização dos estados árabes vizinhos em estados menores e mais fracos.
Estrategistas israelenses viram o Iraque como seu maior desafio estratégico entre os estados árabes. É por isso que o Iraque foi escolhido como a peça central para a balcanização do Oriente Médio e do mundo árabe. No Iraque, a partir dos conceitos do Plano Yinon, os estrategistas israelenses previram a divisão do Iraque em um estado curdo (Curdistão) e em mais dois países árabes, um para os muçulmanos xiitas e outro para os muçulmanos sunitas. O primeiro passo para estabelecer esta ideia foi uma guerra entre o Iraque e o Irã.
Em 1996, o Institute for Advanced Strategic and Political Studies, patrocinou e publicou um documento no qual argumentava que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “deveria fazer uma ‘quebra limpa’ do processo de paz de Oslo e reassumir a reivindicação da Cisjordânia e de Gaza”. O documento apresentou um plano onde Israel deveria “reformular seu ambiente estratégico,” começando com a derrubada de Saddam Hussein e a instalação da monarquia hashimita em Bagdá para servir de primeiro passo em direção a eliminação dos governos anti-Israel da Síria, do Líbano, da Arábia Saudita e do Irã.
Mas estariam Israel, os EUA e outras bestas-feras do globalismo apenas tentando administrar o caos já existente no Oriente Médio? Todos os indícios levam a crer que não. Muito pelo contrário: seriam eles os principais causadores e beneficiários desse caos.
“Estamos testemunhando o extermínio do antigo Oriente Médio. A ordem das coisas esta sendo completamente abalada. O antigo Oriente Médio está morto, e o novo Oriente Médio não está aqui ainda. Esta instabilidade extrema poderia durar mais um ano, ou até mais alguns anos, e nós não sabemos como a nova ordem do Oriente Médio vai se parecer à medida que emergir a partir do caos e derramamento de sangue e fumaça atual. É por isso que devemos continuar a agir com premeditação”.
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